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Líbano aumenta preço da gasolina em 66% para tentar reduzir escassez

O governo libanês argumentou o aumento do valor da gasolina devido a uma redução parcial dos subsídios aos combustíveis, uma vez que visa aliviar a escassez que levou o país à paralisação

O governo libanês anunciou neste domingo (22) um aumento nos preços da gasolina em 66%, com redução parcial dos subsídios de produtos combustíveis, como parte dos esforços para tentar atenuar a grave escassez que assola o país.

As informações são da agência Reuters.

O aumento nos preços da gasolina de octanagem regular serão afetados imediatamente, alertou o governo em comunicado.

No sábado (21), as autoridades responsáveis confirmaram uma mudança na taxa de câmbio utilizada para derivados de petróleo, a fim de conter a falta de combustíveis.

A crise agravou-se em agosto, após o Banco Central informar que não poderá mais financiar as importações de combustíveis com as taxas de subsídio destinadas ao câmbio, de modo a condicionar os preços dos produtos aos índices de mercado.

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O governo, receoso com o impacto da carestia, chegou a um meio-termo com o Banco Central para aumentar os preços — contudo, abaixo das taxas de mercado, ao manter parte dos subsídios públicos às importações, por enquanto.

O aumento nos preços, não obstante, sugere maiores dificuldades sociais em um país cujos níveis de pobreza decolaram durante os últimos dois anos de colapso fiscal, nos quais a libra libanesa perdeu mais de 90% de seu valor.

A decisão foi tomada em um encontro de emergência realizado neste sábado, com a presença do presidente e do governador do Banco Central, a fim de reagir à crise que paralisou serviços e causou brigas entre populares por gasolina e afins.

O aumento nos preços não reduz por completo a taxa de câmbio aos índices previstos pelo Banco Central para financiar as importações de combustíveis — uma lacuna pela qual o estado deve continuar a pagar, ao menos por ora.

Segundo o governo, o Banco Central abrirá uma conta com valor máximo de US$225 milhões até o fim de setembro — recursos que deverão ser devolvidos no orçamento de 2022.

Nesta semana, o grupo libanês Hezbollah coordenou um envio de combustível do Irã para ajudar a atenuar a crise ainda em curso.

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