A coalizão liderada pelos Estados Unidos na Síria abateu um suposto drone iraniano no espaço aéreo do leste do país árabe, incidente que pode agravar tensões regionais entre as partes.
O veículo aéreo não-tripulado foi neutralizado no sábado (21) por um jato militar da chamada Operação Resolução Inerente — como se denomina a coalizão estrangeira.
Embora sem confirmação até o momento, relatos indicam que o drone pertencia a forças iranianas que monitoram a porção oriental da Síria.
Segundo o coronel Wayne Marotto, porta-voz da operação: “Aeronaves da coalizão engajaram-se com êxito e derrotaram um veículo aéreo não-tripulado via interação aérea nos arredores do QG de apoio à missão da Aldeia Verde”.
Marotto reiterou que a razão para o engajamento foi “autodefesa”, ao considerar o aparato como ameaça. De acordo com o coronel americano, a segurança das equipes da coalizão é “prioridade máxima” sob “inerente direito à autodefesa”.
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O incidente ocorre em meio a tensões regionais entre Washington e Teerã, que apoiam lados opostos na guerra civil síria. Grupos aliados da república islâmica — considerados agentes por procuração — tentam remover as tropas americanas da Síria e do Iraque.
O episódio também sucedeu uma série de foguetes lançados contra bases americanas na região, além de um ataque contra a embaixada em Bagdá, no último ano. O Irã nega qualquer envolvimento, ao alegar que os grupos operam de forma independente.
Recentemente, Teerã conseguiu desenvolver sua própria indústria de drones militares, a fim de reagir à tecnologia das potências adversárias que intervêm na região, incluindo Turquia.
Em julho, o Rei da Jordânia Abdullah II afirmou que seu país foi atacado por drones de fabricação iraniana, o que denota o aumento nas capacidades do Irã.
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