Dezenas de pessoas foram mortas este ano em um campo de refugiados que abrigava famílias de terroristas do Daesh no norte da Síria, disse um alto funcionário da ONU na terça-feira, informou a Agência Anadolu.
Martin Griffiths, subsecretário-geral para assuntos humanitários, disse ao Conselho de Segurança que 69 pessoas foram assassinadas no campo de al-Hol desde janeiro, enquanto 12 tentativas de assassinato também ocorreram.
“Mortes e ameaças a mulheres e meninas no campo aumentaram em junho e julho, contribuindo ainda mais para um clima de medo. E as necessidades terríveis do campo, e a extrema vulnerabilidade e dependência de ajuda dos residentes do campo aumentam o risco de exploração sexual e abuso”, disse ele.
Griffiths disse que “trabalhadores humanitários, incluindo voluntários de proteção e pessoal administrativo do campo” continuam a “enfrentar ameaças regulares”.
LEIA: Cruz Vermelha revela crianças mantidas em prisões no nordeste da Síria
Cerca de 59.000 pessoas permanecem no campo, sendo que uma em cada cinco tem menos de 5 anos, de acordo com dados da ONU. Os EUA exortaram os países a repatriar seus cidadãos que permanecem no campo, mas pouco impulso ocorreu.
“Não devemos abandoná-los à violência e desesperança de al-Hol”, disse Griffiths sobre os milhares que restaram.