Os serviços de segurança da Autoridade Palestina (AP) “sequestraram” o ativista político Khader Adnan na Cisjordânia ocupada, durante protesto contra a prisão de outros ativistas que exigiam justiça ao assassinato de Nizar Banat.
Adnan deu início a uma greve de fome assim que foi detido, reportou Muhannad Karaja do grupo Lawyers for Justice à agência de notícias Safa.
Adnan, natural da cidade de Jenin, passou 15 anos nas cadeias de Israel sob detenção administrativa — isto é, sem julgamento ou acusação. Ele e outros prisioneiros políticos foram brutalmente torturados e submetidos a arbitrariedades, insistiu o advogado.
A esposa de Adnan, Um Abdul Rahman, descreveu sua prisão como “sequestro” e relatou que as forças da Autoridade Palestina a insultaram na ocasião.
“Meu marido não foi detido, foi sequestrado”, reiterou. “Isso é intimidação!”
Segundo Um Abdul Rahman, o mesmo ocorre a outros prisioneiros libertos e figuras nacionais.
“O que aconteceu com meu marido lembrou-me de quando forças especiais israelenses costumavam invadir nossa casa e sequestrá-lo”, acrescentou.
A Cisjordânia ocupada vive uma escalada de protestos por justiça desde o assassinato do ativista político Nizar Banat, há dois meses, após ser preso pela polícia palestina.
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