Oficiais superiores reconheceram que as Forças de Defesa de Israel (FDI) não conseguiram atingir os objetivos definidos para a ofensiva militar contra os palestinos na Faixa de Gaza entre 11 e 21 de maio, informou o Times of Israel na quarta-feira.
O ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, e o chefe do Estado-Maior das FDI, Aviv Kohavi, discutiram essas questões com oficiais superiores do Comando Sul. A discussão incluiu sucessos e fracassos durante a “Operação Guardião das Muralhas”.
A capacidade do Movimento de Resistência Islâmica – Hamas – de disparar milhares de foguetes contra cidades israelenses e infraestrutura crítica foi um dos fracassos, eles reconheceram. As FDI reconhecem que os foguetes eram uma área de fraqueza e disse que o exército melhorou sua capacidade de localizar lançadores de foguetes para atacá-los com antecedência ou, pelo menos, destruí-los mais rapidamente depois de serem usados.
A ofensiva em Gaza tinha dois objetivos principais para as FDI: destruir a maior parte das capacidades de produção de armas do enclave e demonstrar aos grupos de resistência palestinos que o exército era capaz de atingir seus túneis subterrâneos e bunkers chamados pela mídia israelense de “metrô do Hamas”.
De acordo com o Times of Israel, os ataques aéreos das FDI foram baseados em planos que os militares vinham traçando há anos. No entanto, os ataques aos túneis e bunkers não correram conforme o planejado. Uma invasão terrestre tinha como objetivo conduzir os combatentes do Hamas para os túneis e bunkers, a fim de maximizar o golpe para o movimento palestino quando eles fossem destruídos.
As FDI tentaram fazer o Hamas acreditar que tal ataque por terra estava em andamento, mas falharam. Os israelenses acreditam que muito menos combatentes do Hamas foram mortos nos ataques aéreos do que o número estimado inicialmente.
LEIA: Hamas liderado por Sinwar é único entrave à paz em Gaza, alega Israel