A corte militar do Iêmen condenou o comandante houthi Abdulmalik al-Houthi e 173 outros réus à pena capital por fuzilamento, reportou a agência estatal Saba.
Todos foram considerados culpados de realizar um golpe armado contra o regime reconhecido internacionalmente e cometer delitos militares e crimes de guerra.
A corte designou oficialmente os rebeldes houthis como grupo terrorista e ordenou apreensão de suas propriedades e desarmamento de todos os seus membros — os aparatos militares devem ser entregues ao Ministério da Defesa do Iêmen.
A corte também exortou que o Irã seja indiciado no Tribunal Penal Internacional (TPI), por seu envolvimento com crimes cometidos pela organização paramilitar iemenita.
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Em julho, o tribunal sediado em Marib realizou a sessão de abertura do julgamento dos líderes houthis, sob alegação de conduzirem um golpe de estado contra o presidente Abd Rabbuh Mansur Hadi — notório aliado saudita —, em 2015.
O Iêmen é assolado pela guerra desde 2014, quando houthis ligados a Teerã tomaram grande parte do país, incluindo a capital Sanaa. A crise escalou em 2015, quando uma coalizão saudita lançou uma devastadora campanha aérea para reverter os ganhos territoriais houthis.
Segundo o Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários, o conflito deixou mais de 233 mil mortos, até então.