As facções palestinas denunciaram o encontro noturno entre o ministro da Segurança israelense, Benny Gantz, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, em Ramallah, como um “desenvolvimento perigoso” e uma “facada pelas costas” para os palestinos.
Funcionários do “Hamas” descreveram a reunião como “perigosa” e expressaram que “reflete o desprezo da Autoridade Palestina pelo sangue palestino”.
Por sua vez, o porta-voz do Hamas, Abd al-Latif al-Qanou, condenou a reunião, acrescentando que ela reflete a queda contínua da Autoridade Palestina e o “abandono dos valores nacionais, bem como o embelezamento da face da ocupação”.
A organização Jihad Islâmica Palestina (PIJ, na sigla em inglês) disse que o encontro teve como pano de fundo os “crimes da ocupação, o seu cerco e a sua agressão” aos palestinos.
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O porta-voz da PIJ, Tareq Silmi, disse que “o encontro entre Abbas e Gantz é uma facada em nosso povo”, acrescentando que “o sangue das crianças mortas pelo exército de ocupação por ordem de Gantz ainda está no solo e ainda não secou”.
Além disso, Walid al-Awad, um membro sênior do Partido do Povo Palestino, descreveu a reunião como uma “continuação da política de negociações inúteis e que apresenta mais concessões ao governo de crime e assassinato”.
Al-Awad indiciou Abbas por se afastar do consenso nacional palestino e violar as resoluções das instituições palestinas que pediam o corte dos laços com “Israel”.
“Esta reunião vem no contexto de consolidar a solução de segurança e econômica, oferecendo mais subornos econômicos em troca da preservação da segurança dos colonos israelenses e da ocupação”, acrescentou.
Gantz twittou que se encontrou com o presidente da AP, Mahmoud Abbas, para discutir questões de segurança, políticas, civis e econômicas.
Publicado originalmente em Almayadeen