O Conselho de Segurança da ONU votou nesta segunda-feira (30) a favor da reabertura “rápida e segura” do aeroporto que serve a capital do Afeganistão, Cabul, após as forças norte-americanas completarem sua retirada do país devastado pela guerra, segundo a Agência Anadolu.
Espera-se que os Estados Unidos completem sua saída até 31 de agosto, e a resolução foi aprovada pelo conselho por 13-0, observando que “novos ataques terroristas podem ocorrer na área” do Aeroporto Internacional Hamid Karzai, após o ataque da semana passada que matou mais de 170 pessoas. A Rússia e a China se abstiveram de votar.
A resolução “solicita às partes relevantes que trabalhem com parceiros internacionais para tomar medidas para reforçar a segurança e evitar mais vítimas, e solicita que sejam feitos todos os esforços para permitir a reabertura rápida e segura do aeroporto de Cabul e sua área circundante”.
Ele observa especialmente uma declaração do Talibã na sexta-feira, na qual o grupo da linha dura “se comprometeu a que os afegãos possam viajar para o exterior, possam deixar o Afeganistão quando quiserem e possam sair do país por qualquer passagem de fronteira, tanto aérea quanto terrestre, inclusive no aeroporto reaberto e seguro de Cabul”.
A ONU disse que é extremamente importante manter o aeroporto aberto para permitir que a ajuda flua para o Afeganistão.
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No início da segunda-feira, o Ministro da Defesa turco Hulusi Akar disse que Ancara pode considerar operar o aeroporto se as condições forem adequadas e se for solicitado a fazê-lo.
Akar sublinhou que a Turquia, principalmente através das Forças Armadas turcas, apoiaram o Afeganistão durante os últimos vinte anos de instabilidade para que seus habitantes “vivam em segurança e prosperidade”.
O Talibã tomou o controle da maior parte do Afeganistão em avanços relâmpagos, incluindo a tomada de Cabul em 15 de agosto, com a fuga de altos funcionários do governo.
Complicando a crise, dois homens detonaram bombas fora do aeroporto de Cabul na última quinta-feira em um ataque reivindicado pelo grupo terrorista afiliado ao Afeganistão da Daesh/ISIS, conhecido como ISIS-K.