O enviado da ONU para o processo de paz no Oriente Médio, Tor Wennesland, disse ao Conselho de Segurança na segunda-feira que o bloqueio israelense à Faixa de Gaza precisa ser totalmente levantado.
“Embora o movimento e o acesso para dentro e para fora de Gaza devam ser melhorados, nenhuma quantidade de apoio humanitário ou econômico por si só vai resolver os desafios que Gaza enfrenta”, disse Wennesland. “A abordagem gradual atual é uma operação de controle e não uma forma estratégica de avançar e uma solução para o povo de Gaza.”
Sem direitos humanos em Gaza [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]
O funcionário da ONU enfatizou que Gaza requer soluções políticas que levem ao levantamento total dos encerramentos israelenses, de acordo com a resolução 1860 (2009) do Conselho de Segurança da ONU e o retorno de um governo palestino legítimo a Gaza. “O estabelecimento de um Estado palestino independente e soberano, do qual Gaza é parte integrante”, também é necessário, acrescentou.
Dirigindo-se ao Conselho de Segurança, Wennesland chamou a atenção para o número de palestinos mortos em julho e agosto. Ele destacou o assassinato de um menino palestino de 11 anos em Beit Ummar, em 28 de julho, depois que as forças de segurança israelenses dispararam contra o carro em que ele viajava com seu pai e irmãos.
Enquanto as autoridades de ocupação israelense abriram uma investigação, ele apontou que, no dia seguinte, as forças israelenses mataram um palestino de 20 anos, durante “confrontos” no funeral do menino.
Wennesland também expressou preocupação com a violência dos colonos israelenses contra civis palestinos e disse que novas medidas devem ser tomadas para garantir que Israel cumpra sua obrigação, como potência ocupante, de proteger os civis palestinos.
LEIA: Omar Abu al-Nil: mais uma criança assassinada por soldados de Israel