Uma corte israelense rejeitou ontem (30) um recurso para libertar uma palestina grávida de nove meses, prestes a dar à luz em uma cadeia da ocupação, reportou a imprensa local.
Anhar al-Deek, de 25 anos, da aldeia de Kafr Ni’ma, a oeste de Ramallah, Cisjordânia ocupada, e mãe de duas crianças, foi presa quando estava com quatro meses de gravidez.
Na última semana, a prisioneira apelou à comunidade internacional para pressionar Israel a libertá-la, para que não desse à luz por trás das grades.
“O que farei se tiver de dar à luz longe de vocês? Como posso fazer uma cesariana sozinha na prisão?”, escreveu Anhar à sua família. “Estou exausta e tenho fortes dores nas pernas por dormir na cama da prisão. Não sei como vou dormir aqui após a cirurgia”.
Em Genebra, a missão permanente do Estado da Palestina nas Nações Unidas emitiu um apelo urgente à comunidade internacional por sua soltura. A missão relatou as condições insalubres e desumanas enfrentadas pela prisioneira, à véspera do parto.
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Em seguida, exortou a comunidade internacional a intervir imediatamente, conforme a lei internacional, para compelir Israel a libertá-la junto de todos os outros palestinos mantidos sob detenção arbitrária, sobretudo mulheres e crianças.
Há hoje cerca de 4.850 palestinos mantidos em custódia nas cadeias de Israel, incluindo 41 mulheres, 225 crianças e 540 sob detenção administrativa — isto é, sem acusação ou julgamento —, segundo entidades que monitoram a situação dos prisioneiros.