O Ministro da Defesa de Israel Benny Gantz anunciou um empréstimo de 500 milhões de shekels — isto é, US$155 milhões — à Autoridade Palestina (AP), a ser quitado por meio de recursos tributários coletados pela ocupação em nome da presidência palestina.
O acordo foi fechado durante raras reuniões de alto escalão entre a Autoridade Palestina e Israel, conduzidas no último domingo e segunda-feira — 29 e 30 de agosto.
Segundo o gabinete de Gantz, o primeiro encontro reuniu: Ghassan Alian, responsável pelo contato militar israelense com a Autoridade Palestina; Majid Faraj, chefe da inteligência palestina; e Hussein al-Sheikh, ministro da pasta de assuntos civis.
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Apenas Gantz e o presidente palestino Mahmoud Abbas participaram do segundo encontro.
“Gantz confirmou que Israel está disposto a conduzir uma série de medidas para fortalecer a economia da Autoridade Palestina”, afirmou o ministério israelense. “Ambos debateram a realidade econômica, civil e de segurança na Cisjordânia e Faixa de Gaza”.
O encontro ocorreu um dia após o retorno do primeiro-ministro israelense Naftali Bennett de Washington. Segundo relatos, na ocasião, o presidente americano Joe Biden exortou o premiê a “avançar na paz, segurança e prosperidade para israelenses e palestinos”.
Uma fonte próxima a Bennett alegou que o líder israelense concedeu seu aval à reunião entre Gantz e Abbas, ao descrevê-la como procedimento de rotina. “Não há nenhum processo diplomático com os palestinos, tampouco haverá”, insistiu Bennett.