Sete jornalistas palestinos foram presos por forças da ocupação israelense na última sexta-feira (27), enquanto cobriam manifestações não-violentas nas colinas ao sul de Hebron (Al-Khalil), na Cisjordânia ocupada.
Israel alegou prender os repórteres por se aproximarem de uma “zona militar fechada”, reportou o jornal Haaretz — porém, regras militares não se aplicam a tais áreas.
Os palestinos protestavam contra planos israelenses para expropriar suas terras.
Testemunhas confirmaram que não houve violência por parte dos manifestantes e que a ocupação utilizou da força para dispersá-los.
Ao registrar a prisão de um residente palestino, jornalistas também foram detidos, observou Mashour Wahwah, profissional da agência de notícias Wafa. Os jornalistas foram então encaminhados à delegacia do assentamento ilegal de Kiryat Arba.
Vídeos do incidente flagraram declarações de soldados equivalentes a violações da lei internacional: “Prenderemos todos os jornalistas. É isso que querem?”.
Em seguida, câmeras da imprensa foram confiscadas pela ocupação.
Em resposta, um porta-voz militar da ocupação alegou: “Indivíduos autodeclarados jornalistas palestinos estavam ativa e fisicamente envolvidos com a escalada local, ao perturbar operações das unidades militares. Neste contexto, foram detidos e transferidos à polícia”.
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