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Procurando evitar outra crise de migrantes, União Europeia propõe US$ 710 milhões para abrigar refugiados afegãos

Protesto em apoio aos refugiados afegãos em Nova Iorque, Estados Unidos, em 28 de agosto de 2021 [Tayfun Coşkun/Agência Anadolu]

A União Europeia está elaborando uma proposta para evitar a repetição da crise migratória de 2015 com um fundo de US$ 710 milhões para os vizinhos do Afeganistão para ajudá-los a hospedar refugiados que fogem do país após a retirada precipitada dos Estados Unidos.

O Irã, que está sob sanções internacionais, junto com o Paquistão, o Uzbequistão e o Tadjiquistão podem ser possíveis beneficiários se concordarem em hospedar refugiados. De acordo com o Financial Times, os recursos fariam parte de um pacote de assistência ao Afeganistão de aproximadamente US$ 1,18 bilhão. Isso incluiria cerca de US$ 354 milhões em assistência humanitária direta, a maior parte destinada a mulheres, meninas e outros grupos vulneráveis ​​no país.

Os detalhes do esboço da proposta foram discutidos em uma reunião de emergência ontem em Bruxelas pelos ministros de assuntos internos do bloco de 27 países, em que também discutiram as consequências mais amplas da mudança de poder no Afeganistão. Os últimos soldados dos EUA voaram de Cabul na noite de segunda-feira, quando os EUA encerraram sua guerra de 20 anos no país.

Espera-se que o pacote final para refugiados seja ajustado em consulta com outros parceiros internacionais, incluindo o Reino Unido, com uma primeira reunião possível ocorrendo na próxima semana entre os ministros do Interior do G7.

“Estamos no início do ciclo orçamentário, não estamos gastando muito tempo como estávamos em 2015”, disse a vice-presidente da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, ao Financial Times. “Não creio que o problema seja o dinheiro.”

Autoridades da UE estão preocupadas com o afluxo de mais refugiados e estão procurando agir rapidamente antes de uma repetição da crise de migrantes sírios de 2015, que viu cerca de um milhão de refugiados entrarem no continente. Na época, as manchetes eram dominadas por trágicos afogamentos em massa ou por imagens de multidões se movendo por diferentes países. O episódio desencadeou uma disputa acirrada entre os Estados-membros e viu o surgimento de grupos de extrema direita que usaram a crise dos refugiados para obter ganhos eleitorais.

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Horst Seehofer, ministro do Interior da Alemanha, disse que a UE precisa agir rapidamente “para evitar outro fracasso do Ocidente”. Ele instou a UE a acelerar os esforços diplomáticos para obter a aprovação da proposta. “Se agirmos rapidamente, não repetiremos 2015. Se cometermos erros e debatermos por muito tempo, isso não levará a um bom desenvolvimento nos próximos meses.”

Em 2016, a UE fechou um acordo com a Turquia no valor de cerca de US$ 3 bilhões. O pacote prometia fundos para ajudar Ancara a hospedar cerca de quatro milhões de refugiados sírios e impedi-los de seguir para a Europa.

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