O Human Rights Watch (HRW) exortou o Conselho de Direitos Humanos da ONU a instaurar um mecanismo internacional para registrar a situação de direitos humanos no Egito e investigar violações graves, incluindo desaparecimentos, tortura e execuções extrajudiciais.
Em relatório divulgado ontem (7), o HRW reafirmou que policiais egípcios e agentes de segurança nacional mataram dezenas de supostos “terroristas” nos últimos anos, ao conduzir execuções extrajudiciais descritas posteriormente como “troca de tiros”.
Segundo o documento, “os supostos militantes armados mortos em incidentes descritos como troca de tiros não impunham qualquer ameaça iminente às forças de segurança ou terceiros — em muitos casos, já estavam em custódia”.
A entidade humanitária exortou então aliados do Egito — incluindo Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França e Alemanha — a suspender o envio de armas ao regime militar e instituir sanções contra as agências e oficiais responsáveis pelos abusos.
A divulgação do relatório coincide com a chamada Operação Estrela Brilhante — uma série de exercícios coordenados e conjuntos liderados por forças americanas e locais em solo egípcio. As manobras, conduzidas entre 2 e 17 de setembro, reúnem 21 países.
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