O Irã produziu cerca de dez quilogramas de urânio enriquecido a 60% de pureza, reportou ontem (7) a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O órgão das Nações Unidas condenou a falta de cooperação de Teerã em implementar seu programa de monitoramento nuclear.
“Desde fevereiro, as atividades de verificação e monitoramento foram seriamente obstruídas pela decisão iraniana de encerrar seus compromissos nucleares”, afirmou a agência, em referência ao acordo assinado em 2015 com potências globais.
O acordo impede o Irã de enriquecer urânio a índices superiores a 3.67% — muito abaixo do parâmetro de 90% necessário para desenvolver armas atômicas.
No entanto, Teerã começou a se afastar dos termos acordados, após o ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump revogar unilateralmente o pacto internacional e restituir sanções “sem precedentes” sobre a república islâmica.
Em 17 de agosto, a AIEA advertiu que Teerã “acelerou seu enriquecimento de urânio a uma porcentagem próxima do uso militar”, após instalar duas centrífugas avançadas em suas usinas — uma das quais capaz de enriquecer o material a 60%.
Não obstante, o regime iraniano insiste que seus objetivos atômicos são pacíficos e que busca desenvolver apenas um novo tipo de reator de geração de energia.
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