Khalid al-Mishri, presidente do Alto Conselho de Estado da Líbia, reiterou ontem (9) que apenas autoridades eleitas podem decidir sobre a presença de tropas estrangeiras no país.
Seu gabinete de imprensa confirmou em nota que al-Mishri reuniu-se com o chanceler turco Mevlut Cavusoglu em Ancara, para debater questões bilaterais. Dentre a pauta, esteve a presença de mercenários estrangeiros e a urgência de removê-los da Líbia.
“Durante o encontro, ambos destacaram sua avidez em realizar as eleições líbias previstas para 24 de dezembro, com bases legais e constitucionais, e a necessidade de evitar qualquer obstáculo no caminho, garantir sua integridade e punir detratores”, afirmou a nota.
A Turquia enviou tropas à Líbia no início de 2020, para socorrer o Governo de União Nacional, reconhecido internacionalmente, contra forças paramilitares do general renegado Khalifa Haftar — por sua vez, apoiado por Emirados Árabes Unidos, Rússia e Egito.
O regime turco insiste que seu exército permanece no país a pedido de Trípoli.
O Governo de União Nacional foi substituído pelo Alto Conselho, via diálogo de reconciliação mediado pelas ONU. Seu principal objetivo é conduzir eleições livres ainda este ano.
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