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Emirados impõem meta de 10% mão de obra nativa no setor privado, até 2026

Bandeira emiradense na marina de Dubai, em 3 de junho de 2021 [KARIM SAHIB/AFP via Getty Images]
Bandeira emiradense na marina de Dubai, em 3 de junho de 2021 [KARIM SAHIB/AFP via Getty Images]

Empresas do setor privado nos Emirados Árabes Unidos terão de preencher 10% de sua força de trabalho com cidadãos nativos, dentro de cinco anos, alertou o governo emiradense em meio a esforços para conduzir reformas econômicas no país.

As informações são da agência Reuters.

O estado do Golfo também afirmou ter planos para criar 75 mil empregos no setor privado a seus cidadãos até 2026, conforme incentivos estimados em US$6.53 bilhões.

A meta de 10% de mão de obra local no setor privado deve ser atingida gradativamente, a partir de um índice de 2% no primeiro ano, confirmou o governo no Twitter.

Abu Dhabi também quer alocar dez mil emiradenses ao setor de enfermagem.

Os países exportadores de petróleo na região tradicionalmente recorrem a imigrantes para assegurar mão de obra barata ou mesmo qualificada. Cidadãos nativos costumam trabalhar no funcionalismo público.

O setor de enfermagem emiradense costuma recorrer a profissionais da Índia e Filipinas.

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Desde o colapso dos preços de petróleo, entre 2014 e 2015, os regimes do Golfo tentam diversificar suas fontes de renda para além dos hidrocarbonetos.

Entre os esforços de reforma econômica estão incentivos para que cidadãos nativos trabalhem no setor privado, ao invés de permanecerem sob o orçamento do governo.

Nos Emirados, são ao menos 50 novos projetos anunciados até então, para estimular a competitividade e atrair investidores. O país — centro de negócios e turismo — lançou uma série de medidas no último ano em nome da recuperação econômica pós-pandemia.

As mudanças também ocorrem em meio a uma rivalidade crescente com sua vizinha Arábia Saudita, para emergir como principal agente de negócios na região.

Outras medidas concernentes à mão de obra nativa e iniciativa privada foram anunciadas neste domingo (12), incluindo bônus de dispensa a funcionários públicos e 50% do salário por seis meses a um ano, caso queiram abrir seus próprios negócios.

Além disso, será concedido abono por filho de 800 a 3.200 dirhams a trabalhadores emiradenses que realizarem a transição ao setor privado.

Na última semana, Abu Dhabi prometeu atrair até 550 bilhões de dirhams (US$150 bilhões) em investimento direto do exterior, nos próximos nove anos, ao criar vistos mais flexíveis para atrair trabalhadores qualificados e cidadãos na diáspora.

Nesta semana, uma delegação de negócios do país árabe chegou aos Estados Unidos para ampliar a parceria econômica, reiterou a imprensa estatal.

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