Neste domingo (12), o grupo palestino Hamas acusou Tel Aviv de escalar tensões na Faixa de Gaza a fim de mascarar crises internas, reportou a agência Anadolu.
Aviões de guerra israelenses conduziram ataques nesta madrugada contra Gaza, em retaliação a um suposto foguete disparado através da fronteira.
“A escalada em Gaza é uma tentativa de Israel de exportar suas crises internas … sobretudo após o colapso de seu sistema de segurança representado pela fuga da prisão de Gilboa”, declarou em nota Fawzi Barhoum, porta-voz do Hamas.
Na madrugada de segunda-feira (5), seis prisioneiros palestinos conseguiram escapar da penitenciária de segurança máxima no norte de Israel, ao improvisar um túnel com utensílios de cozinha. Forças israelenses capturaram quatro dos seis fugitivos.
Segundo a ocupação, militantes de Gaza dispararam foguetes a Israel na sexta-feira (10), após a apreensão de dois prisioneiros, e novamente no sábado, após a captura de outros dois.
Tel Aviv alegou atingir alvos pertencentes ao Hamas.
No entanto, não houve confirmação de baixas até então.
A fuga foi celebrada como vitória pelos palestinos. Tel Aviv, no entanto, remoeu o que foi descrito como enorme fracasso de inteligência e maior incidente do tipo no sistema penitenciário de segurança máxima da ocupação israelense.
Sobre os ataques dos últimos meses, Barhoum reiterou que Israel não terá êxito em alterar as regras de engajamento com os movimentos de resistência na Faixa de Gaza.
Com dois milhões de habitantes, Gaza permanece sob cerco militar israelense desde 2007, afetando gravemente a subsistência do território costeiro.
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