O movimento libanês Hezbollah começou a importar combustível iraniano ao Líbano via Síria, nesta quinta-feira (16), sob a promessa de atenuar a grave crise energética no país mediterrâneo. Opositores, no entanto, alertam para o risco de sanções.
As informações são da agência Reuters.
Dezenas de caminhões com combustível iraniano entraram na região nordeste do Líbano, perto da aldeia de al-Ain, onde bandeiras do Hezbollah foram hasteadas nos postes de luz.
“Obrigado, Irã! Obrigado, Assad da Síria”, declarou um cartaz instalado por correligionários do Hezbollah, em referência ao presidente sírio e aliado regional Bashar al-Assad.
Os caminhões buzinaram por todo o caminho de al-Ain. Transeuntes exibiram bandeiras do Hezbollah; uma mulher e um menino atiraram pétalas em direção à carreata.
O Hezbollah — movimento paramilitar xiita, ligado a Teerã — afirmou que a remessa de combustível aportou na Síria no último domingo (12), após alertas de eventuais sanções caso prosseguisse ao território libanês.
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Washington insiste que suas sanções às vendas de petróleo iraniano continuam em vigor, mas não confirmou se agirá de algum modo contra as medidas do Hezbollah.
O governo libanês negou autorizar a importação dos insumos; uma fonte de segurança alegou que os caminhões entraram no país por uma travessia irregular de fronteira.
O Hezbollah prometeu doar o combustível a instituições públicas, como centros médicos e orfanatos, e vender parte da remessa — “a preço apropriado” — a instalações privadas, incluindo hospitais particulares e fábricas de alimentos.