O Irã juntou-se hoje (17) à Organização de Cooperação de Xangai (OCX), órgão de segurança em franca expansão liderado por China e Rússia, a fim de desmobilizar sanções internacionais.
As informações são da agência Reuters.
O órgão, formado em 2001 como espaço de diálogo entre Rússia, China e ex-estados soviéticos, expandiu-se consideravelmente há quatro anos ao incluir Índia e Paquistão, com intuito de contrapor a influência ocidental na Ásia Central.
Como sinal de sua influência, a cúpula da entidade no Tajiquistão foi a primeira aparição pública no exterior do presidente iraniano Ebrahim Raisi, empossado em agosto.
Raisi enalteceu a oportunidade representada pela filiação de Teerã a importantes redes de comércio e segurança por toda a Eurásia — incluindo a Iniciativa do Cinturão e Rota, ou Nova Rota da Seda, projeto trilionário do governo chinês.
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A televisão estatal iraniana descreveu a admissão da república islâmica ao grupo centro-asiático como forma de acesso a enormes mercados em todo o continente.
Em seu discurso proferido aos membros da organização, Raisi comparou sanções contra seu país a atividades terroristas e exortou parceiros a elaborar um mecanismo para combatê-las.
Rússia e China, junto de potências ocidentais, são signatários do acordo nuclear de 2015, segundo o qual Teerã tem de conter índices de seu programa atômico em troca da suspensão de sanções — sobretudo estabelecidas por Washington.
Em 2018, o governo do então presidente Donald Trump abandonou o tratado e restituiu duras sanções econômicas. Negociações para restaurá-lo permanecem sob impasse.
“Nada pode parar as atividades nucleares pacíficas do Irã, conforme o ordenamento das regulações internacionais”, insistiu Raisi. “A diplomacia só é eficaz quando todas as partes a exercem. Ameaças atam as mãos dos diplomatas e os tornam ineficazes”.
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