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Líbano aumenta preço da gasolina mais outra vez

Libaneses fazem fila para trocar seus botijões de gás em Beirute, 24 de agosto de 2021 [Hasan Shaaban/Bloomberg via Getty Images]

O Ministério da Energia do Líbano aumentou os preços da gasolina no país mais outra vez, ao efetivamente reduzir ainda mais subsídios públicos a insumos combustíveis. Segundo documento oficial, o acréscimo deve ser implementado imediatamente.

As informações são da agência Reuters.

O preço da gasolina a 95 e 98 octanas aumentou em mais de 37%.

A piora na escassez de combustíveis no Líbano levou a horas de fila para adquirir quantidades ínfimas de gasolina; casos de violência foram registrados em diversos postos.

Nesta quinta-feira (16), o movimento Hezbollah começou a transportar combustível iraniano ao Líbano através da Síria, sob a promessa de atenuar a crise energética no país mediterrâneo, a despeito do risco iminente de sanções dos Estados Unidos.

O Líbano aumentou o preço da gasolina pela última vez em 22 de agosto, após o Banco Central esgotar reservas estrangeiras utilizadas para subsidiar produtos combustíveis.

O subsídio, no entanto, não foi plenamente revogado, embora ameaçado.

“Este é o último estágio antes do fim do subsídio”, afirmou Georges Braks, membro do Sindicato de Proprietários de Postos de Gasolina. “De agora até o fim do mês, penso que se trata do estágio final … então todos os insumos serão não-subsidiados”.

O novo aumento nos preços agrava o sofrimento dos libaneses, vítimas do colapso econômico, descrito como uma das piores depressões da história moderna.

LEIA: Combustível iraniano chega ao Líbano via Síria

A Comissão Econômica e Social das Nações Unidas para Ásia Ocidental (ESCWA) estima que a crise levou 78% da população a índices de pobreza.

O Líbano reduz gradativamente seu programa de subsídios à importação de itens básicos, incluindo combustível, remédios e alimentos. Críticos apontam que o plano de US$6 bilhões introduzido em 2020 sofreu desperdício e má gestão.

Neste mês, o governo anunciou um programa assistencial em dinheiro a mais de 500 mil famílias, como forma de tentar compensar a redução dos subsídios.

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