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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Israel fere centenas de manifestantes palestinos na Cisjordânia ocupada

Palestinos respondem a repressão israelense a um protesto contra a construção e expansão de assentamentos ilegais no distrito de Beita, em Nablus, Cisjordânia ocupada, 17 de setembro de 2021 [Nedal Eshtaya/Agência Anadolu]

Nesta sexta-feira (17), forças da ocupação israelense feriram 217 palestinos que protestavam contra a construção e expansão de assentamentos ilegais na Cisjordânia ocupada, informou em nota a Sociedade do Crescente Vermelho da Palestina (SCVP).

Segundo as informações, ao menos 217 manifestantes ficaram feridos — 35 por balas de borracha e 182 sujeitos a asfixia por gás lacrimogêneo.

Conforme relatos, confrontos eclodiram na tarde de ontem, entre dezenas de manifestantes e soldados israelenses, em Beita e Beit Dajan, perto de Nablus, Cisjordânia ocupada.

Beita é alvo de violência policial há quase quatro meses, em meio a protestos frequentes contra a instalação de um posto avançado colonial em terras da aldeia.

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Os manifestantes de ontem exibiram bandeiras palestinas, entoaram palavras de ordem contra a ocupação israelense e atiraram pedras contra os soldados. Foram então brutalmente dispersados com balas de borracha e gás lacrimogêneo.

Segundo profissionais de saúde, dezenas de palestinos foram feridos pela repressão israelense na aldeia de al-Mughayyir, leste de Ramallah, também em protesto contra os planos de expansão de um assentamento ilegal.

Marzouq Abu N’iem, chefe comunitário de al-Mughayyir, afirmou a repórteres que soldados da ocupação dispararam gás lacrimogêneo contra um ato pacífico, convocado em repúdio ao fechamento arbitrário do acesso à aldeia.

Fontes de segurança palestina reportaram protestos e confrontos similares perto das cidades de Qalqilya e Hebron (Al-Khalil); diversos palestinos ficaram feridos.

Em nota à imprensa, o Ministério de Relações Exteriores da Autoridade Palestina condenou “a brutal repressão do exército israelense a manifestantes e protestos pacíficos contra assentamentos israelenses na Cisjordânia ocupada”.

“As práticas do exército israelense contra os manifestantes palestinos violam a lei internacional”, reiterou o comunicado oficial. “O silêncio da comunidade internacional encoraja Israel a perseverar com tais violações”.

LEIA: O escrutínio de Israel pela ONU desvia sua cumplicidade da ocupação em curso

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