O presidente egípcio, Abdel Fattah Al-Sisi, afirmou ontem que seu país está trabalhando para reforçar os direitos humanos, citando o lançamento da Estratégia Nacional para os Direitos Humanos no início deste mês, informou o Al-Khaleej Online.
Os comentários foram feitos como parte de seu discurso na Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque.
Al-Sisi, que tem sofrido constantes críticas regionais e internacionais por causa do histórico de violações dos direitos humanos de seu regime, disse: “A Estratégia Nacional para os Direitos Humanos lançada em 11 de setembro foi a melhor prova de que o Egito está protegendo e fazendo cumprir os direitos humanos”.
Ele enfatizou que o sistema de direitos humanos no Egito “testemunhou recentemente um grande desenvolvimento”, observando que seu país deseja reforçar os direitos humanos “no contexto do respeito aos princípios da cidadania e do Estado de Direito”.
Em relação ao projeto da barragem da Etiópia, Al-Sisi disse que Addis Abeba não está lidando positivamente com as negociações e está lidando unilateralmente com a questão, colocando a estabilidade na região em risco.
“O Egito é um dos países que está sofrendo com a seca e seu povo vive abaixo da linha da pobreza de água”, disse ele.
“O rio Nilo foi a principal artéria dos egípcios ao longo da história e este é o motivo da preocupação dos egípcios”, acrescentou.
Na semana passada, o governo dos EUA decidiu suspender US$ 130 milhões em ajuda militar até que o Egito pare de processar os direitos e as organizações da sociedade civil.
No Egito, existem cerca de 60.000 prisioneiros políticos que são sistematicamente torturados, sem atendimento médico, enquanto o uso da pena de morte disparou.
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