A embaixada da Etiópia no Cairo, capital do Egito, suspenderá suas operações temporariamente, por um período de três a seis meses, a partir de outubro, reportou neste domingo (26) o embaixador Markos Tekle Rile à rede BBC em árabe.
“A embaixada fechará as portas … por razões financeiras, para reduzir despesas”, afirmou.
A decisão, destacou o diplomata, nada tem a ver com a disputa sobre a Grande Represa do Renascimento, projeto bilionário da Etiópia na bacia hidrográfica do Nilo.
Tekle Rile reiterou que seu país decidiu fechar outras 30 embaixadas em diversos países, incluindo Canadá e estados do Golfo, devido à crise econômica.
Um comissário da embaixada será incumbido de gerir os assuntos durante o período.
Ainda este mês, o chanceler etíope Dina Mufti enfatizou que a decisão de suspender os trabalhos em certas representações internacionais não afetaria de modo algum as relações diplomáticas com os respectivos países.
Em agosto, o Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, observou publicamente que os dez meses de guerra etíope na região do Tigré deixaram um prejuízo superior a US$1 bilhão aos cofres públicos.
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