Os serviços de segurança da Autoridade Palestina (AP) prenderam na segunda-feira a testemunha-chave no caso do assassinato de Nizar Banat, um duro crítico do presidente palestino Mahmoud Abbas, morto por agentes de segurança da AP em junho.
Hussein Banat, primo de Nizar, foi uma das duas testemunhas da incursão que terminou com a morte do ativista . Seu testemunho é central para as acusações contra os oficiais da AP, cujo julgamento foi aberto na segunda-feira. Fontes locais disseram à Al-Maydan News Agency que Hussein “foi espancado inconsciente, e ficou sem assistência médica”.
“Meu irmão, Hussein Banat, primo de Nizar Banat, foi preso hoje”, escreveu Ammar Banat no Twitter. “Hussein é uma das principais testemunhas oculares do assassinato de Nizar”. Ele apontou que os serviços de segurança da AP entraram nas áreas onde vivem os parentes de Nizar e invadiram suas casas.
Nizar Banat era conhecido por suas críticas à política palestina nas mídias sociais. Em seus vídeos, ele criticou Abbas e os outros oficiais superiores da AP regularmente por corrupção e sua cooperação de segurança com as autoridades de ocupação israelenses. Sua morte atraiu a condenação internacional e provocou raros protestos contra a liderança da AP pelos palestinos na Cisjordânia ocupada.
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Informações de fontes locais, confirmadas ao MEMO, sçao de que os agentes da Segurança Protetiva da AP pediram a Hussein “para negar que ele viu o Coronel Aziz Tamizi, o comandante da missão em que Banat foi assassinado, colocando gás na boca de seu primo, e negar que ele o ouviu ordenando a outros oficiais de segurança que completassem a missão”.