O Hezbollah libanês condenou ontem (27) uma conferência de normalização com Israel realizada na última semana na cidade de Erbil, capital do Curdistão iraquiano.
Em nota, o grupo descreveu o evento como “tentativa fracassada de promover a cultura do diálogo com o inimigo israelense”.
O Hezbollah saudou ainda procedimentos judiciais adotados pelas autoridades iraquianas para criminalizar apelos por normalização, como reflexo de uma “consciência distinta do povo iraquiano, seus partidos políticos e sua imunidade nacional contra o projeto de normalização no Oriente Médio”.
“O Hezbollah atribui grande valor à persistência do povo iraquiano em apoiar os palestinos e sua justa causa”, acrescentou o comunicado.
Na sexta-feira (24), uma “conferência de paz” foi realizada em Erbil, norte do Iraque, sob o slogan de “Paz e Recuperação”. Estiveram presentes diversas lideranças tribais sunitas e xiitas, para promover propostas de uma “paz abrangente com Israel”.
“Exortamos o Iraque a introduzir relações com Israel e seu povo via acordos similares aos estados árabes que normalizaram”, declarou o evento.
Em 2020, quatro nações árabes — Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Sudão e Marrocos — normalizaram laços com a ocupação israelense, medida rechaçada pelos palestinos como “traição” à sua causa.
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