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Síria promete abrir as portas aos refugiados e expulsar tropas estrangeiras

Faisal Mekdad, então vice-chanceler da Síria, na capital Damasco, em 15 de abril de 2018 [LOUAI BESHARA/AFP via Getty Images]

O Ministro de Relações Exteriores da Síria Faisal Mekdad afirmou hoje (27), durante sessão da Assembleia Geral da ONU, que as portas estão abertas para o retorno dos refugiados.

Sua declaração foi feita a despeito dos alertas e riscos ainda presentes nas áreas controladas pelo regime em Damasco e suas milícias aliadas.

Mekdad prometeu garantias de que o presidente Bashar al-Assad está implementando todos os procedimentos necessários para facilitar o retorno dos refugiados — pauta há muito debatida pela comunidade internacional e grupos de direitos humanos.

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No entanto, ao longo dos anos, indícios emergiram de detenção, desaparecimento, tortura e mesmo assassinato de cidadãos que retornam ao país, nas mãos do regime.

Após deflagrar-se a revolução síria em 2011, contra a qual Assad impôs brutal repressão sobre os protestos por democracia, cerca da metade da população pré-guerra foi forçada ao status de refugiados internacionais ou deslocados internos.

Mekdad também exortou a retirada de tropas dos Estados Unidos e Turquia do território sírio, em aparente ameaça de confronto físico caso não o façam voluntariamente. Tais forças estrangeiras apoiaram diversos grupos de oposição ao longo do conflito.

“Assim como conseguimos varrer os terroristas [sic] da maior parte da Síria, trabalharemos para acabar com a ocupação, com a mesma determinação, sob todos os meios disponíveis, de acordo com a lei internacional”, destacou o chanceler.

O retorno dos refugiados à Síria é uma questão controversa há anos. A ONU e a maior parte da comunidade internacional consideram o país ainda inseguro; alguns estados — como Dinamarca — alegam que os combates desescalaram recentemente.

Neste mês de setembro, a Organização das Nações Unidas denunciou Assad por tentar reaver à força os refugiados do campo de Rukban a territórios sob controle do governo. Damasco, no entanto, insiste em negar as acusações.

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