Nesta terça-feira (28), o movimento palestino Hamas voltou a culpar as autoridades da ocupação pelo aumento nos índices de criminalidade nas comunidades árabes do território considerado Israel — isto é, ocupado durante a Nakba, via limpeza étnica, em 1948.
Abdul-Latif al-Qanou, porta-voz do Hamas, declarou em nota: “O governo israelense mantém silêncio sobre os crimes entre os árabes, a fim de desintegrar sua coesão interna”
Al-Qanou afirmou que as taxas crescentes de criminalidade nas comunidades palestinas “chegaram a novos recordes” e insistiu tratar-se de “indícios perigosos”.
“O governo israelense encoraja violência e assassinatos entre os árabes, a fim de aniquilar seu tecido social”, acrescentou. “O silêncio e a falta de policiamento são provas disso”.
Em seguida, al-Qanou exortou os cidadãos palestinos de Israel de “preservar e proteger sua coesão social, para que todos estejam prontos para enfrentar os planos da ocupação sionista de exterminar o povo palestino onde quer exista”.
O oficial palestino também fez um apelo aos palestinos em Israel para promover soluções criativas a seus problemas, sem depender da ocupação, com intuito de resistir aos “esquemas racistas de Israel para propagar sedição entre os árabes”.
Nos últimos anos, a criminalidade aumentou drasticamente nas comunidades árabe-palestinas em Israel; contudo, sem qualquer resposta efetiva dos sucessivos governos.
Cidadãos palestinos de Israel — isto é, que permaneceram nas terras palestinas após a Nakba — representam 20% da população do país.
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