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Grécia assina acordo militar de US$5.8 bi com a França

Presidente da França Emmanuel Macron ao lado do Primeiro-Ministro da Grécia Kyriakos Mitsotakis, antes da assinatura de um acordo militar no Palácio do Eliseu, em Paris, 28 de setembro de 2021 [LUDOVIC MARIN/AFP via Getty Images]
Presidente da França Emmanuel Macron ao lado do Primeiro-Ministro da Grécia Kyriakos Mitsotakis, antes da assinatura de um acordo militar no Palácio do Eliseu, em Paris, 28 de setembro de 2021 [LUDOVIC MARIN/AFP via Getty Images]

A Grécia assinou um acordo militar multibilionário com a França na última terça-feira (28).

O presidente francês Emmanuel Macron e o premiê grego Kyriakos Mitsotakis se encontraram no Palácio do Eliseu, sede do governo federal em Paris, para anunciar o tratado.

Segundo a imprensa grega, o novo pacto é estimado em €5 bilhões (US$5.8 bilhões).

De acordo com o jornal britânico The Guardian, Paris deverá entregar três fragatas de ponta a Atenas até 2025, com a opção ainda em aberto de um quarto navio de guerra.

“Caminhamos em direção a um aprofundamento substancial da parceria estratégica greco-francesa”, declarou Mitsokakis durante o evento.

“Compartilhamos, eu e o presidente Macron, uma visão de desenvolvimento necessário de nossas capacidades de defesa, para que toda a Europa possa responder de forma autônoma aos desafios à frente”, acrescentou o primeiro-ministro.

Macron também descreveu o pacto como parte de uma parceria estratégica entre os países, a fim de defender seus interesses mútuos no Mar Mediterrâneo.

O anúncio, no entanto, pode incorrer em uma nova corrida armamentista com a Turquia, particularmente em torno das disputas do Mediterrâneo Oriental.

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Em 2020, a crise escalou quando Ancara enviou uma embarcação de pesquisa aos arredores da ilha grega de Kastellorizo, a poucos quilômetros do litoral turco.

Apesar da Turquia sugerir reiteradamente negociações sobre a disputa, mesmo ao suspender operações, a Grécia militarizou parte de suas ilhas no Mar Egeu e tentou restringir as fronteiras marítimas turcas por meio de um acordo assinado com o Egito.

Além disso, Atenas retirou-se de negociações em setembro de 2020, a despeito dos apelos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). Em janeiro, todavia, foram retomadas conversas sobre a exploração de petróleo e gás natural na região.

Nesta semana, não obstante, Mitsotakis reafirmou que uma corrida armamentista na região não traria benefícios a nenhuma das partes.

As notícias do acordo com a Grécia também surgem após a França perder um contrato de submarinos com a Austrália, estimado em €56 bilhões (US$64.9 bilhões), que levou a tensões entre Paris, por um lado, e Londres, Washington e Camberra, por outro.

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