ONU quer agir rápido em favor da igualdade de gêneros na liderança global

Ao falar esta sexta-feira a jornalistas após a semana de alto nível da Assembleia Geral da ONU, o presidente do órgão, Abdulla Shahid, destacou que é preciso atuar com rapidez para superar o desequilíbrio de poder entre homens e mulheres.

Abdulla Shahid disse que vem reorganizando o Conselho Consultivo da Assembleia Geral para a Igualdade de Gênero. Para ele, “sem medidas para contornar essa maré”, levariam mais de 135,6 anos para fechar essa lacuna.

Lacuna

O Conselho para a Igualdade de Gênero reunirá uma “ampla combinação de conhecimentos” dos Estados-Membros, do sistema das Nações Unidas, do setor privado, do órgão da ONU sobre o Tratado, da sociedade civil e dos parlamentos.

A ideia é garantir que haja uma perspectiva “verdadeiramente inclusiva” em favor de uma abordagem em várias frentes. A meta seria fazer avançar a igualdade de gênero na 76ª sessão da Assembleia Geral, que se estende até setembro de 2022.

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Shahid disse que este conselho servirá como um mecanismo para ajudar a aliar uma perspectiva de gênero em todas as iniciativas e mandatos para o atual período de trabalhos. A composição, que agora está em finalização, será anunciada em breve.

Chefes de Estado

Ele destacou que foram apenas 18 as mulheres, representando 9,2%, entre os 194 oradores dos debates de alto nível. Pelo menos 100 discursos foram apresentados por chefes de Estado e 52 por chefes de governo. Entre eles, estiveram três vice-presidentes e 34 ministros.

Numa sessão realizada em tempo de recuperação da pandemia, 93 participantes foram vacinados. Outros 843 realizaram testes gratuitos para detestar o vírus Covid-19 que foram oferecidos por unidades móveis.

Na edição deste ano, a Guiné-Bissau teve o discurso mais curto com cinco minutos. O mais longo foi o da Papua Nova Guiné, com 46 minutos.

Na semana de alto nível, Shahid reuniu chefes de Estado e de governo de sexo feminino para abordar como promover a igualdade de género. Antes de fazer o juramento, o contacto nesse sentido foi com mulheres representantes permanentes na ONU.

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Publicado originalmente em Onu News

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