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Egito pode aceitar refugiados de volta em troca de incentivos da Itália, diz Al-Araby Al-Jadeed

Milhares de estudantes da Universidade de Bolonha assistem a manifestação de protesto contra a prisão e tortura de seu colega Patrick George Zaky, detido no Egito e reivindica sua libertação na Praça Maggiore em 17 de fevereiro de 2020 em Bolonha , Itália. [Roberto Serra - Iguana Press / Getty Images]
Milhares de estudantes da Universidade de Bolonha assistem a manifestação de protesto contra a prisão e tortura de seu colega Patrick George Zaky, detido no Egito e reivindica sua libertação na Praça Maggiore em 17 de fevereiro de 2020 em Bolonha , Itália. [Roberto Serra - Iguana Press / Getty Images]

O site Al-Araby Al-Jadeed divulgou hoje informação recebida de fontes confiáveis de que Egito e Itália estariam melhorando um acordo de recuperação secreto para aceitar refugiados que tentam chegar à Europa, em troca de incentivos militares e de segurança do país europeu.

Além disso, o Egito estaria tentando reviver um projeto sugerido anteriormente à Alemanha e à França, para preparar governos africanos a lidar com os problemas da juventude, em decorrência do desemprego, o que envolveria treinamento semelhante dado pelo Egito à polícia e às forças de segurança em vários países africanos sobre como lidar com a migração irregular.

Esta cooperação de segurança “não declarada”, dizem as fontes, é a razão pela qual o Pías tem sido poupado até agora de maior condenação por seus antecedentes em abusos contra direitos humanos.

A Itália, no entanto, está sob pressão para responsabilizar o Egito após o assassinato do estudante italiano Giulio Regeni em 2016 pelas forças de segurança egípcias e para os dois países não normalizarem as relações.

Mais de cinco anos depois que Regeni foi sequestrado, torturado e assassinado, um juiz em Roma disse que quatro oficiais de segurança egípcios deveriam ser julgados por seu sequestro, tortura e assassinato, mas o Egito se recusa a cooperar com os promotores italianos.

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O governo egípcio também se negou a libertar o prisioneiro político Patrick Zaki, que estava estudando seu mestrado na Itália, mas foi preso e torturado no ano passado quando voltou para o Cairo para uma visita.

Em abril, a câmara alta da Itália no Senado votou esmagadoramente para conceder a Zaki a cidadania italiana, depois que repetidos apelos por sua libertação foram ignorados.

No ano passado, houve muitas críticas ao anúncio de um acordo de armas entre a Itália e o Egito no valor de US$ 1,2 bilhão. A família de Regeni disse r que se sentiu “traída”.

Em 2018, depois que os líderes da UE concordaram em entrar em negociações com o Egito para uma cooperação profunda para reduzir o número de migrantes que entram na Europa vindos da África, ativistas de direitos humanos protestaram, por causa dos casos abusos contra direitos humanos registrados no Egito.

Depois que o acordo de migração foi oferecido ao Egito na cúpula de Salzburg, em troca a UE prometeu aumentar a cooperação econômica.

Nos últimos meses, várias pessoas tentaram fugir da cidade de Mansoura, do Egito,para a Itália. Em um incidente, 18 morreram afogados e os sobreviventes foram mantidos em um centro de detenção na Líbia.

Uma semana depois, um barco que se dirigia para a Itália, afundou na costa da Líbia depois que e 11 egípcios morreram afogados.

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