A violência perpetrada por colonos ilegais israelenses contra civis palestinos na Cisjordânia ocupada aumentou drasticamente nos últimos dois anos. Autoridades israelenses, no entanto, continuam a encobrir seus crimes, relatou neste domingo (3) o jornal Haaretz.
Segundo o jornalista israelense Yaniv Kubovich, o primeiro semestre de 2021 vivenciou 416 incidentes antipalestinos, estimativa próxima da totalidade dos casos no ano anterior e já acima das estimativas de 2019, com 503 e 363 incidentes respectivamente.
Uma fonte militar observou que a mudança de abordagem é particularmente notável no Comando Central do Exército de Israel, que gerencia a ocupação da Cisjordânia.
De acordo com as informações, a fim de evitar confrontos entre soldados e colonos, o exército adotou a ideia de permitir aos residentes judeus que “extravasem as tensões”.
O silêncio de agentes públicos é interpretado como apoio aos colonos ilegais, comentou o jornalista israelense Hagar Shezav, à reportagem do Haaretz.
A maioria dos casos de violência colonial conta com a escolta de policiais e soldados da ocupação e mesmo com a presença de parlamentares de Israel. Todos os assentamentos nos territórios ocupados são considerados ilegais pela lei internacional.
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