Imagens publicadas nas redes sociais expuseram os policiais do Panamá atirando em alvos vestidos com roupas tradicionais árabes, incluindo um cocar, durante um curso de treinamento dirigido por israelenses.
As imagens, que causaram polêmica online, foram publicadas no Twitter pela Polícia Nacional e pela Câmara de Comércio israelense local, mas depois foram excluídas.
A polêmica também atraiu críticas do Comitê Panamenho de Solidariedade à Palestina, que afirmou que o curso promoveu “violência e racismo, para que qualquer pessoa que use um hijab ou algo semelhante possa ser classificada como terrorista”.
O comitê pediu ao governo do Panamá para suspender a intervenção de países estrangeiros no treinamento das forças de segurança.
“Este treinamento constitui uma violação dos protocolos referentes aos cursos de tiro que proíbem o uso de figuras distintivas dos povos árabes como objetos de ódio e perseguição”, disse o comunicado.
Em resposta, a polícia do Panamá apresentou um pedido de desculpas: “Respeitamos as diferenças culturais, religiosas e étnicas. Lamentamos que. tenha surgido uma situação fora da natureza de nossa missão e dever”.
As postagens excluídas do Twitter afirmam que o treinamento foi organizado pela embaixada israelense no Panamá.
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