A escassez de água no norte e nordeste da Síria afeta cerca de cinco milhões de pessoas, advertiu a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (5).
“Temos recebido relatos de que cinco milhões de pessoas foram atingidas pela atual crise hídrica no norte e nordeste da Síria”, afirmou Stéphane Dujarric, porta-voz do Secretário-Geral António Guterres, a repórteres, em Nova York.
“Pessoas das partes setentrionais da Síria não conseguem acessar água potável e segura suficiente para consumo, devido aos baixos níveis das reservas, danos aos sistemas hídricos e capacidade operacional reduzida das instalações”, acrescentou.
“A falta de água potável leva a um aumento em doenças de origem hídrica e reduz uma frente de defesa essencial para conter a pandemia de covid-19”, observou Dujarric.
“A falta de eletricidade também agrava a crise no setor de saúde pública e no sistema de ensino e impacta de forma desproporcional a saúde reprodutiva das mulheres”, reiterou.
Dujarric destacou que a ONU, junto de parceiros internacionais, lançou um plano para auxiliar cerca de 3.4 milhões desses impactados nos próximos seis meses.
O porta-voz enfatizou, não obstante, que é necessário uma resposta multisetorial de US$251 milhões, mas apenas US$51 milhões foram recebidos.
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