Egito perdoa milhares de prisioneiros para celebrar guerra de 1973

3 anos ago
Cidadão egípcio abraça seus pais após ser libertado da prisão, junto de outros 202 prisioneiros que receberam perdão presidencial, no Cairo, 14 de março de 2017 [ALY FAHIM/AFP via Getty Images]

Autoridades egípcias anunciaram ontem (6) a soltura de 3.886 prisioneiros no país, por ocasião do 48° aniversário da guerra árabe-israelense de 1973.

“Arquivos de prisioneiros foram examinados em todo o país, antes de determinarmos quem merecia ser perdoado”, afirmou o Ministério do Interior. “O processo foi concluído com a libertação de 3.886 prisioneiros”.

Aqueles selecionados, prosseguiu o ministério, serão transferidos a delegacias de polícia à espera da documentação de soltura.

O ministério, contudo, não concedeu detalhes, incluindo nomes, acusações ou tempo em custódia. Segundo a Constituição do Egito, o perdão presidencial pode ser concedido àqueles que não têm mais recursos disponíveis no judiciário.

O Egito realiza uma celebração anual por sua “vitória” contra Israel, quando retomou controle sobre a Península do Sinai, sob liderança do falecido presidente Anwar el-Sadat.

Sadat assinou um tratado de paz com a ocupação em março de 1979. Foi assassinado no Cairo durante um cortejo de comemoração da guerra, em 6 de outubro de 1981.

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