A Associação de Estudiosos da Palestina condenou ontem (10) a Polícia de Israel por invadir novamente a casa do sheikh Ekrima Sabri, proeminente sacerdote da Mesquita de Al-Aqsa, na região ocupada de Jerusalém Oriental, a fim de convocá-lo para interrogatórios.
“Condenamos a intrusão bárbara e violenta à sua residência, no bairro de al-Sawwana, em Jerusalém ocupada, para lhe entregar um mandado judicial para que compareça ao Centro de Detenção de al-Maskobiya”, declarou a entidade em nota.
O comunicado destacou ainda que a convocatória não afeta a determinação de Sabri e seus colegas muçulmanos em defender o complexo de Al-Aqsa.
Sabri afirmou à imprensa palestina, a caminho da delegacia, supor que o súbito chamado da ocupação tenha como pauta a decisão do judiciário israelense de permitir que colonos judeus realizem rituais e orações dentro do complexo islâmico.
“Para nós, isso é inaceitável”, enfatizou o clérigo palestino. “Dissemos isso uma e outra vez porque Al-Aqsa serve aos muçulmanos”.
Na última quarta-feira (6), a Corte de Magistrados de Israel concedeu permissão a colonos judeus para conduzir “orações silenciosas” nos pátios de Al-Aqsa. Na sexta-feira (8), a emissora estatal israelense Kan reportou que a Corte Distrital de Jerusalém revogou a decisão.
Khaled Zabarka, advogado palestino especializado nos assuntos de Jerusalém, observou, no entanto, tratar-se de uma tentativa da mídia colonial para ludibriar o público.
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