O Ministério de Relações Exteriores de Israel confirmou ontem (10) a indicação de David Govrin, então encarregado de negócios no Marrocos, como embaixador permanente na monarquia africana, após a normalização dos laços com a ocupação, no último ano.
O regime marroquino seguiu os passos de Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Sudão, ao assinar os “Acordos de Abraão”, promovidos pelo ex-presidente americano Donald Trump.
Segundo o Times of Israel, Govrin — diplomata desde 1989, encarregado da missão israelense nos últimos dois meses — será responsável por administrar a embaixada em Rabat.
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Fluente em árabe, Govrin serviu como enviado ao Egito entre 2016 e agosto de 2020.
Em agosto, o Ministro de Relações Exteriores de Israel Yair Lapid visitou o Marrocos pela primeira vez, para inaugurar seu escritório de negócios na capital.
Em seguida, Lapid prometeu abrir a embaixada marroquina em Tel Aviv entre outubro e novembro, sob coordenação do chanceler marroquino Nasser Bourita.
Mesmo antes de retomar oficialmente seu relacionamento diplomático, o regime marroquino manteve laços informais com a ocupação e, diferente da maioria dos estados árabes, permitia a turistas israelenses que visitassem o país.
Segundo as informações, a decisão de normalizar relações com Tel Aviv é parte de um acordo com o então governo dos Estados Unidos de Donald Trump, sob o qual Washington reconheceria a soberania marroquina sobre as terras disputadas do Saara Ocidental.
O Marrocos é apenas a segunda nação norte-africana a reconhecer Israel, após o Egito.