A União Europeia apelou ontem à revogação das sentenças de morte proferidas contra jornalistas e ativistas iemenitas.
“Por ocasião do Dia Mundial contra a Pena de Morte, a UE pede a revogação de todas as sentenças de morte, incluindo as de jornalistas e ativistas no Iêmen”, disse a delegação da comissão no Iêmen no Twitter, acrescentando que a UE “se opõe veementemente à pena de morte em todos os tempos e em todas as circunstâncias. Continua a trabalhar pela abolição universal da pena de morte”.
On #WorldDayAgainstDeathPenalty, #EUinYemen calls for revoking all death sentences, incl those of journalists and activists in #Yemen. The EU strongly opposes death penalty at all times and in all circumstances. It continues to work for the universal abolishment of death penalty. pic.twitter.com/8MFfl1zUdu
— EUinYemen (@EUinYemen) October 10, 2021
O empobrecido Iêmen tem sido assolado pela violência e pelo caos desde 2014, quando os houthis invadiram grande parte do país, incluindo a capital, Sanaa. A crise agravou-se em 2015, quando uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita lançou uma devastadora campanha aérea com o objetivo de reverter os ganhos territoriais do Houthi.
A guerra, na qual os Estados Unidos (EUA) e o Reino Unido (Reino Unido) apaiam a coalizão liderada pelos sauditas, matou mais de 100 mil pessoas e levou milhões à beira da fome, segundo dados oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU).
Em 18 de setembro, a milícia apoiada pelo Irã executou nove residentes da província iemenita de Hudaydah, em uma das praças mais proeminentes da capital Sanaa, por supostamente “participarem do assassinato de um de seus líderes, Saleh Al-Sammad”. O movimento foi condenado por governos locais e internacionais.
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