O Hamas rejeitou uma proposta egípcia de formar um governo de unidade com o Fatah, citando acordos de unidade anteriores frustrados pelo movimento palestino secular.
Em comentários feitos ao Arabi Post ontem, o porta-voz do Hamas, Abdul-Latfi Al-Qanou, disse: “A visão do Hamas é reavaliar os mecanismos nacionais temporários. Foi proposto o fim da divisão interna”.
Enquanto isso, ele enfatizou: “A visão do Hamas é continuar os acordos firmados pelo Hamas, Fatah e outras facções palestinas de que o povo palestino deve escolher sua liderança por meio de eleições”.
Essas declarações vieram após o relatório publicado pelo jornal israelense Haaretz que revelou uma proposta americana feita ao presidente da Autoridade Palestina (AP), Mahmoud Abbas, de formar um governo com a participação do Hamas ou uma administração tecnocrata que reconheceria todos os acordos da OLP com Israel e renunciaria à resistência.
O Egito propôs que o Hamas participasse de uma parceria com o Fatah para formar um governo que realizaria a reconstrução da Faixa de Gaza, porque EUA e Israel rejeitaram canalizar as doações para Gaza enquanto o Hamas estivesse no controle.
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Al-Qanou enfatizou que seu movimento “rejeita todas as tentativas israelenses e americanas de vincular a reconstrução de Gaza a qualquer outra questão política”.
Enquanto isso, o Hamas pediu ao Egito que pressionasse o presidente da AP, Mahmoud Abbas, a emitir um decreto presidencial para realizar as eleições, que ele cancelou há vários meses, a fim de permitir que os palestinos escolham sua liderança “livre e democraticamente”.