O Primeiro-Ministro de Israel Naftali Bennett alegou nesta segunda-feira (12) que o regime iraniano trabalha para construir um exército próprio nas colinas de Golã, mas que seu governo continuará a trabalhar para “reverter a presença de Teerã na Síria”.
Durante conferência do jornal israelense Makor Rishon, enfatizou o premiê israelense: “As colinas de Golã são parte de Israel, ponto final”.
Israel ocupou as terras sírias de Golã em 1967 e impôs sua soberania; no entanto, apenas Estados Unidos reconheceram a medida, considerada ilegal.
Reiterou Bennett: “O Irã, que despachou grupos aliados e construiu exércitos em torno de Israel, aspira construir mais outro exército nas fronteiras de Golã”.
“Continuaremos a agir onde e quando for necessário, de nossa própria iniciativa e dia após dia, com o objetivo de reverter a presença iraniana na Síria”, insistiu o premiê, notório por sua postura beligerante de extrema-direita. “Eles não têm nada o que procurar ali!”.
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Segundo Bennett, as ações israelenses em Golã ocupada não têm qualquer vínculo à guerra civil ainda em curso no país árabe. “Quero deixar uma coisa bem clara — nossa posição sobre as colinas de Golã não está conectada à situação na Síria”, acrescentou.
O líder israelense confirmou que seu governo tem planos de “desenvolvimento estratégico”, ao dobrar — se não quadruplicar — o número de colonos judeus na região.
Em seis semanas, seu gabinete deve aprovar um projeto nacional para as colinas de Golã, incluindo dois novos assentamentos ilegais e recursos para infraestrutura, negócios e energia renovável, prometeu o premiê, segundo o jornal The Jerusalem Post.
“Trabalhamos para concluir o plano, que mudará o rosto de Golã”, concluiu Bennett.