O Ministério de Relações Exteriores do Sudão afirmou ontem (13) que não é responsável por qualquer visita ou discussão realizada por oficiais fora da agenda política formalizada pelo governo, de modo que tais iniciativas contornam o órgão executivo.
Segundo a imprensa, no sábado (9), uma delegação sudanesa visitou Israel, liderada pelo tenente-general Mohamed Hamdan Daglo, vice-presidente do órgão militar de governo, junto do tenente-general Mirghani Idris, diretor-geral da Indústria Militar do Sudão.
Em comunicado, a chancelaria insistiu ser a “única parte designada sobre relações exteriores, conforme documento constitucional, costumes internacionais e decisões do gabinete”.
Não obstante, reiterou “realizar suas tarefas e funções em coordenação com trabalho externo de todas as agências do governo, profissional e institucionalmente”.
A nota do ministério ocorre em meio a uma escalada de tensões entre componentes civis e militares da autoridade transicional do Sudão, após comandantes do exército alegarem frustrar uma tentativa de golpe de estado, no último mês.
O Sudão concordou em normalizar laços com a ocupação israelense em 2020, sob esforços do então Presidente dos Estados Unidos Donald Trump, em troca da remoção do país norte-africano da lista de estados patrocinadores do terrorismo.
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