Ziyad al-Nakhala, secretário-geral do movimento de Jihad Islâmica, afirmou ontem (13) que seu movimento não deixará que prisioneiros palestinos enfrentem sozinhos a onda de punição arbitrária perpetrada nas cadeias de Israel, segundo informações da agência Safa.
Seus comentários servem de resposta a um informe à imprensa divulgado pela Sociedade dos Prisioneiros Palestinos (SPP), entidade de direitos humanos, confirmando que 400 presos iniciaram greve de fome contra sua situação em custódia.
A SPP reportou que os detentos, filiados à Jihad Islâmica, lançaram greve de fome sem prazo definido, para denunciar atos de punição coletiva conduzidos pelo Serviço Penitenciário de Israel (SPI), após a fuga de seis palestinos, no início de setembro.
Cinco dos seis prisioneiros, sob prisão perpétua, são filiados à Jihad Islâmica; o sexto, Zakaria Zubeidi, é ligado ao Fatah. Todos foram recapturados em duas semanas.
Após a fuga dos seis palestinos do presídio de segurança máxima de Gilboa, em 6 de setembro, o SPI lançou uma forte campanha de repressão em suas cadeias, sobretudo contra detentos eventualmente ligados ao movimento de Jihad Islâmica.
“Continuaremos ao lado de nossos prisioneiros, mesmo caso tenhamos de ir à guerra”, reiterou al-Nakhala. “Nenhum acordo, absolutamente nada, nos impedirá de defendê-los”.
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