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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Prisioneiro palestino hospitalizado mantém greve de fome há 86 dias

Manifestação em solidariedade aos prisioneiros palestinos nas cadeias de Israel, na Cidade de Gaza, 14 de outubro de 2021 [Ali Jadallah/Agência Anadolu]

Esta sexta-feira (15) marca o 86° dia da greve de fome de Miqdad al-Qawasmeh, em protesto contra sua detenção administrativa — sem acusação ou julgamento, renovada periódica e arbitrariamente pelas autoridades da ocupação israelense.

Na última semana, a Cruz Vermelha Internacional expressou receios pelo bem estar de Miqdad e Kayed Nammoura, também prisioneiro palestino. Segundo as informações, há risco de “sequelas irreversíveis pela greve de fome mantida por tanto tempo”.

Miqdad, de 24 anos, residia em Hebron (Al-Khalil), Cisjordânia ocupada, e decidiu recentemente intensificar sua greve de fome ao recusar qualquer suplemento ou fluido.

Miqdad foi preso pelo exército israelense em janeiro e então condenado a seis meses em detenção administrativa; contudo, sua pena foi renovada em junho, sem que seus advogados sequer tivessem conhecimento sobre as acusações contra ele.

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Devido à piora em sua saúde, Miqdad foi transferido ao Centro Médico de Kaplan, na penitenciária israelense onde continua detido. Segundo o jornal Times of Israel, Miqdad não está sob vigilância devido à sua atual condição de saúde..

Ao menos outros seis prisioneiros palestinos permanecem em greve de fome há semanas, em protesto contra a detenção administrativa.

Segundo a Sociedade dos Prisioneiros Palestinos (SPP), estão em greve de fome: Kayed Al-Fasfous, há 90 dias; Alaa Al-Araj, 64 dias; Hisham Abu Hawwash, 57 dias; Rayeq Bsharat, 52 dias; Shadi Abu Akar, 48 dias; e Hassan Shouka, 23 dias.

O mecanismo de detenção administrativa adotado pelo exército israelense contra os nativos palestinos “viola convenções e outros padrões internacionais que estabelecem o direito a um julgamento justo”, denunciou em relatório o SPP.

A entidade reiterou ainda que prisioneiros em detenção administrativa costumam não ter acesso a visitas de seus familiares, além de outros direitos consagrados por lei.

Desde a ocupação militar israelense sobre Cisjordânia, Gaza e Jerusalém, em 1967, foram aprisionados quase 800 mil palestinos. Atualmente, cerca de 4.500 palestinos continuam em custódia — mais de 350 prisioneiros em detenção administrativa.

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