O ministro das Relações Exteriores iraniano, Hossein Amirabdollahian, manteve conversações com seu homólogo chinês, Wang Yi, sobre o acordo nuclear com o Irã, juntamente com as relações bilaterais e os desenvolvimentos regionais e internacionais, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores do país, relatou a Agência Anadolu.
Os dois diplomatas discutiram por telefone “o status mais recente do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA)”, disse o ministério em um comunicado. JCPOA é o nome formal do acordo nuclear.
Amirabdollahian enfatizou a “necessidade de implementar um programa abrangente de cooperação de 25 anos” entre os dois países, disse o ministério.
Enquanto isso, Yi enfatizou a necessidade do renascimento do acordo nuclear e “saudou o início das negociações entre a República Islâmica do Irã e o lado europeu”. Ele também observou que já “instruiu seus colegas a continuarem a fazer consultas a esse respeito com seus homólogos no Ministério das Relações Exteriores iraniano”.
Amirabdollahian indicou que as negociações entre o Irã e a União Europeia “começaram em uma direção positiva e construtiva” e continuariam em Bruxelas.
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Ele também pediu aos EUA que suspendessem as sanções “unilaterais e ilegais” contra o Irã.
Na quinta-feira, Enrique Mora, vice-chefe de política externa da UE, se reuniu em Teerã com o vice-ministro das Relações Exteriores do Irã, Ali Bagheri Kani.
Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores do Irã disse que ambos os lados discutiram “questões bilaterais, regionais e internacionais”, incluindo “laços Irã-UE, Afeganistão e negociações sobre o levantamento das sanções contra o Irã”.
A visita do enviado da UE, que tem a tarefa de coordenar as negociações para reviver o acordo nuclear com o Irã de 2015, ocorreu em meio à crescente pressão dos EUA e de países europeus para retomar as negociações em Viena.
O ex-governo dos EUA em maio de 2018 retirou-se unilateralmente do acordo nuclear assinado entre o Irã e as potências mundiais em julho de 2015, seguido por um restabelecimento das sanções.
Desde 2019, o Irã tomou uma série de medidas para reduzir seus compromissos sob o acordo, incluindo o aumento das atividades de enriquecimento nuclear, gerando preocupações na comunidade internacional.