Israel prende dez palestinos na Cisjordânia, incluindo proeminente escritor

Forças da ocupação israelense prenderam dez palestinos em invasões conduzidas por todo o território da Cisjordânia ocupada, na madrugada desta segunda-feira (18).

As informações são da agência de notícias Wafa.

Entre os detidos está o proeminente escritor, acadêmico e ativista Ahmad Qatamesh.

Qatamesh, de 70 anos, foi apreendido em sua residência na cidade de al-Bireh, a 15 km de Jerusalém; ainda não foram divulgadas quaisquer acusações.

O autor, no entanto, não é estranho às cadeias de Israel. Qatamesh foi preso pela primeira vez na década de 1970 e permaneceu em custódia por quatro anos.

Em 1992, Qatamesh foi novamente capturado e passou seis anos sob detenção administrativa — o mais longo período que um prisioneiro palestino passou nas cadeias de Israel, sem qualquer julgamento ou acusação.

O grupo de direitos humanos Anistia Internacional descreveu o escritor como “prisioneiro de consciência”, quando voltou a ser detido por três meses, em 2017.

LEIA: Colonos israelenses torturam e queimam adolescente palestino, revela grupo de direitos humanos

O exército da ocupação também prendeu dois outros palestinos em Ramallah, incluindo um ex-prisioneiro, após invadir e revistar sua casa, no bairro de al-Tireh.

Veículos militares avançaram ainda contra a aldeia de Qabatiya, ao sul de Jenin, norte da Cisjordânia ocupada; dois palestinos foram levados em custódia.

Um outro palestino foi aprisionado ao tentar atravessar o posto de controle israelense de Za’atara, ao sul de Nablus. O detido foi identificado posteriormente como residente da aldeia de Silat al-Harithiya, a noroeste de Jenin.

Em Jerusalém, a polícia da ocupação enquadrou outros três palestinos, após invadir suas casas no bairro de Silwan. Dois menores também foram presos no subúrbio de Bir Ayoub, além de outro palestino detido nos arredores do Portão de Damasco.

As prisões foram conduzidas sem mandado de busca, conforme práticas arbitrárias perpetuadas pela ocupação israelense, a despeito da lei e das resoluções internacionais.

LEIA: Mais dois motivos para lutar pela libertação de Islam Hamed

Sair da versão mobile