O Movimento Jihad Islâmica Palestina advertiu no domingo que as medidas escalatórias de Israel contra os prisioneiros palestinos levariam a um confronto aberto com o movimento.
“As medidas de ocupação [israelense] contra os prisioneiros levarão a uma explosão da situação e a um confronto aberto”, disse o porta-voz do movimento, Daoud Shehab, à Agência Anadolu.
Ele observou que, na semana passada, o secretário-geral do movimento, Ziyad Al-Nakhala, disse que o movimento não deixará seus filhos: “As prisões sionistas serão vítimas nas mãos do inimigo, e os apoiará com todo o possível, mesmo que isso exija para irmos à guerra por eles”.
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Mais de 250 detidos da Jihad Islâmica começaram uma greve de fome sem fim na semana passada para protestar contra as “medidas abusivas” da prisão contra eles.
“Estas medidas são uma tentativa de encobrir a falha e a incapacidade da Autoridade Prisional revelada pela operação do Túnel Gilboa”, afirmou Shehab.
Em 6 de setembro, seis prisioneiros palestinos, principalmente filiados ao Movimento Jihad Islâmica, escaparam da prisão de segurança máxima israelense Gilboa, mas foram presos novamente duas semanas depois.
Mais cedo no domingo, a Comissão para Assuntos de Prisioneiros da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) disse que a administração penitenciária israelense está intensificando seus procedimentos contra os seis prisioneiros da “grande fuga”.
A informação veio de acordo com o que foi citado pelo advogado da comissão após visitar dois presos, Mahmoud Al-Ardah e Zakaria Al-Zubaidi (que estão entre os presos que fugiram de Gilboa).
Entre essas medidas está a proibição do uso da cantina (loja dos presos) ou ferramentas elétricas e a permissão para que eles saiam para a Praça Furah (o espaço) por apenas uma hora por dia em um espaço estreito, segundo um comunicado pela comissão.
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