Todos os murais celebrando a revolução de 25 de janeiro na Universidade Americana do Cairo (AUC, na sigla em inglês) foram removidos, de acordo com uma postagem no Twitter da professora de jornalismo Kim Fox.
Well, look what I discovered today on the @AUC campus: ALL of the #Jan25 photo murals have been removed!
And on the first day for the new president; #AUC’s 13th prez and the first Arab.
And in the year of the 10th anniv. of the revolution. 🤔
The erasure is real. Sad. 👎🏾 pic.twitter.com/7jgWpMKNl5
— Kim Fox, 🎧 The Podcast Professor (@KimFoxWOSU) October 17, 2021
Os murais estão no campus desde a revolta de 2011. Sua remoção segue-se ao vandalismo contra uma exposição de fotos em 25 de janeiro nas AUC.
Em uma resposta oficial, a AUC disse no Twitter que eles foram removidos para fins de manutenção e seriam reinstalados no final da semana.
Y’all know I have receipts of the #Jan25 photo murals that were on the @AUC New Cairo campus since 2011.
Also, my @AUCJRMC retired colleague David London oversaw this #AUC photo proj w/several students as an independent study course.
Wondering why they were removed? pic.twitter.com/jJxDpK1dnW
— Kim Fox, 🎧 The Podcast Professor (@KimFoxWOSU) October 17, 2021
Após a revolução de uma década atrás, ativistas grafitaram as paredes do centro do Cairo em memória dos protestos que derrubaram o ditador Hosni Mubarak.
A obra serviu para representar a versão da história dos revolucionários, ao contrário do que acontecia na mídia estatal e do que estava sendo divulgado como narrativa oficial.
No entanto, as autoridades pintaram as pichações e instalaram câmeras de CFTV.
Muitos grafiteiros foram presos sob a Lei de Protesto, enquanto outros, incluindo Ganzeer, deixaram o país.
No ano passado, as autoridades egípcias autorizaram uma reforma da Praça Tahrir, o centro da revolução, e os revolucionários os acusaram de tentar apagar a história e sua luta pela democracia.
O governo também foi acusado de reescrever a história ao construir um memorial para homenagear policiais e soldados perto da Praça Rabaa, embora muitos revolucionários tenham morrido nas mãos da polícia.
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