Riyad Mansour, embaixador da Autoridade Palestina na ONU, afirmou nesta terça-feira (19) que as “políticas coloniais de Israel em campo” têm como objetivo tornar impossível a chamada solução de dois estados, segundo informações da agência Wafa.
“Israel insiste em sua ocupação ilegal”, advertiu Mansour durante reunião do Conselho de Segurança sobre a situação no Oriente Médio e violações israelenses.
“Israel se orienta apenas por seus anseios coloniais e deixou sua motivação reiteradamente clara através de políticas e práticas que violam a lei internacional, infringindo enorme sofrimento ao povo palestino”, acrescentou o diplomata.
De acordo com Mansour, o estado de apartheid crê que a parte final de seu plano remete à rendição dos palestinos. “Autoridades da ocupação referem-se a isso como uma suposta resignação a uma realidade ilegal, que Israel impôs sobre eles”.
O embaixador exortou então uma abordagem coletiva da comunidade internacional para implementar resoluções previamente aceitas pelo Conselho de Segurança — ainda ignoradas pela ocupação israelense —, a fim de alcançar uma “solução pacífica”.
“Podemos começar ao dissuadir medidas ilegais e unilaterais de Israel e analisar formas possíveis de outorgar proteção internacional ao povo palestino”, reafirmou.
Mansour solicitou ainda uma nova conferência internacional mediada pelo chamado Quarteto do Oriente Médio — isto é, ONU, Estados Unidos, União Europeia e Rússia.
Desde 2014, as negociações entre a ocupação e representantes palestinos permanecem paralisadas, devido à insistência israelense de manter a expansão de assentamentos ilegais e sua recusa em libertar prisioneiros políticos de longa data.
Muitos observadores, não obstante, acreditam que as políticas de Israel, sobretudo nos últimos anos, já inviabilizaram uma suposta solução de dois estados.