Autoridades da ocupação israelense expulsaram Haj Mustafa Abu Zahra, chefe do Comitê de Cemitérios Islâmicos, da cidade ocupada de Jerusalém, reportou a agência Safa.
A ordem de expulsão permanece em vigor por dez dias e foi promulgada um dia após Abu Zahra ser detido pela ocupação e levado a uma delegacia para interrogatórios.
Segundo testemunhas, agentes da polícia e inteligência israelense prenderam Abu Zahra no bairro de al-Masara, perto do Portão de Damasco, tradicional acesso ao complexo da Mesquita de Al-Aqsa. Abu Zahra possui uma mercearia no local.
“A polícia de fronteira israelense e agentes de inteligência invadiram minha loja e me detiveram”, relatou Abu Zahra à agência Safa. “Fui interrogado sobre os cemitérios e acusado de incitar um levante entre os palestinos de Jerusalém”.
Muhannad Jabara, advogado do comitê islâmico, afirmou que Abu Zahra foi questionado nas chamadas “quatro salas” do centro de detenção de Moskoubiya, em Jerusalém.
Jabara confirmou que Abu Zahra visitou o cemitério de al-Yousifieh na manhã de terça-feira (19), para checar se a ocupação havia retomado demolições no terreno, após avistar equipes da prefeitura israelense de Jerusalém nas imediações.
Segundo o comitê, a ocupação provavelmente deve retomar suas escavações arbitrárias, em detrimento do patrimônio histórico palestino, no futuro próximo.
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