Autoridades sauditas devem revogar a prisão de cidadãos palestinos “imediatamente”, advertiu ontem (21) o Grupo de Trabalho das Nações Unidas sobre Detenção Arbitrária.
Segundo o comunicado, Mohammed al-Khodari e Hani al-Khodari são privados de sua liberdade sob pretextos de discriminação contra os nativos palestinos.
Pai e filho permanecem em custódia desde abril de 2019. O recente relatório observou que Riad “não estabeleceu qualquer base legal para a prisão de ambos”.
“O direito de Mohammed e Hani de não serem submetidos a detenção arbitrária foi violado, pois continuam presos sob circunstâncias ilegais, inadequadas e desnecessárias … privados de seu direito básico a um julgamento justo”, acrescentou o documento.
A entidade das Nações Unidas acusou as autoridades sauditas de adotarem “medidas discriminatórias” contra 60 palestinos capturados em massa. Os prisioneiros não tiveram acesso a advogados, tampouco têm conhecimento claro sobre as acusações.
Mohammed Saleh al-Khodari, de 83 anos, foi indicado em 1993 como primeiro representante do movimento palestino Hamas no território saudita.
Na prisão, não obstante, perdeu parcialmente a mobilidade de sua mão direita e depende da ajuda de seu filho, também encarcerado, para se alimentar e sobreviver.
Em agosto, a justiça penal da monarquia emitiu sentenças contra diversos palestinos e jordanianos, desde absolvição a até 22 anos em regime fechado.
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